quarta-feira, 2 de julho de 2014

Minha Copa do Mundo no Brasil

Há um ano, na Copa das Confederações, eu estava com toda empolgação na rua gritando "#não vai ter copa". Não que eu realmente acreditasse nessa possibilidade ou mesmo a quisesse, mas era bom colocar pelo menos um pouco de medo nos governantes. 

Talvez por isso, pelo fato de não ter ingresso para o estádio e por outras questões pessoais, até a abertura da Copa do Mundo no Brasil, eu não estava lá muito empolgada. Iria assistir os jogos, torcer pela seleção e pronto. Mas aí a bola rolou e eu me vi, ainda mais do que nas outras vezes, totalmente fissurada pelo Mundial. 

E, pra mim, honestamente, não existe conflito entre uma coisa e outro. Política, governo, Fifa, obras inacabadas, promessas não cumpridas, e todos os contratempos nada têm a ver com a bola em campo, com a competição (e confraternização) entre as seleções e com a alegria dos torcedores pelas ruas. 

O esporte é encantador. A expectativa e o medo do gol, as belas jogadas, a raça e empenho de jogadores, às vezes nem tão habilidosos. E, para além disso, me emociona o que a competição pode representar. Países com disputas políticas se encontrarem em campo e jogarem limpo, confraternizarem, se ajudarem durante e depois do jogo. E essa solidariedade se espalhar entre os torcedores. Vi, em Copacabana, uma americana e uma iraniana, cada uma com a bandeira de seu país, posarem para foto juntas e depois se abraçarem. Alguns países com enormes dificuldades darem motivo de orgulho a seus compatriotas.

É claro que (só) isso não muda o mundo. E nem acho que o futebol deva ser a maior alegria de um cidadão, mas pode fazer parte dela.

No próximo post, uma seleção dos (meus) melhores momentos da Copa. :) 

Que venha a Colômbia para o Brasil, a Costa Rica para a Holanda e a Argentina para a Bélgica.

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